Por que eu te quero tanto, tanto,
depois de tanto desencanto,
depois de tanto, tanto pranto?
Oiço-te a voz no lento vento
que anda comigo, sonolento,
pela tormenta num tormento…
E, ouvindo o vento, sinto,sinto
a noite como um labirinto
envolvendo o meu corpo extinto…
Na grande treva que amedronta,
minha alma tonta, tonta, tonta,
os sonhos mortos, mortos, conta…
E faz perguntas, faz perguntas…
Quer saber das vidas defuntas
que antigamente andavam juntas…